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Aumento de roubos de carros faz preço do seguro subir no RJ

G1 08/05/2018 08h10

A violência no Rio de Janeiro tem um preço alto: o de seguros de carro. O aumento no número de roubos de veículos fez o seguro disparar no estado. Em áreas onde o risco é maior, o valor mais que dobrou.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), esse tipo de crime só aumenta. Foram mais de 54.300 roubos em 2017. De janeiro a março desse ano, o Rio já atingiu 15.436, um terço do número de 2017.

Ainda de acordo com o ISP, são roubados, em média no estado, 170 veículos por dia. Em algumas áreas, como na Baixada Fluminense e na Zona Norte, o aumento nas apólices de seguro chegou a mais de 150%.

No bairro da Pavuna, por exemplo, o valor do seguro de um carro popular custa até R$ 5.700. No Leblon, bairro da Zona Sul, onde o índice de roubos é um dos menores, o seguro custaria cerca de R$ 1.500.

 

“De cada 10 motoristas, 4 renovam", diz presidente do Sincor-RJ

 

Para o presidente do Sindicato dos Corretores e das Empresas de Seguros (Sincor-RJ), Henrique Brandão, com o aumento do seguro, muita gente desiste de renovar.

“De cada 10 motoristas, 4 renovam. A nossa atividade é o mutualismo, ou seja, quanto menos pessoas fazem seguro, mais caro fica. Eu trabalho no mercado há muito tempo e nunca na minha vida vi um ambiente tão desanimador, sem perspectiva como eu estou vendo hoje”, conta o presidente.

Presidente do Sindicato dos Corretores e das Empresas de Seguros (Sincor-RJ) (Foto: Reprodução / Tv Globo)

Presidente do Sindicato dos Corretores e das Empresas de Seguros (Sincor-RJ) (Foto: Reprodução / Tv Globo)

Presidente do Sindicato dos Corretores e das Empresas de Seguros (Sincor-RJ) (Foto: Reprodução / Tv Globo)

O taxista Rafael Souza, morador de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, sentiu no bolso o preço da violência quando tentou renovar o seguro do carro, que usa para trabalhar.

“O preço pulou de 4 mil reais, em 2015, para mais de 13 mil. Então, não tem como pagar. É sair rezando. Mas não tenho como deixar de trabalhar. Hoje eu pago uma conta que não é minha. Eu comprei um bem em 2015, que eu perdi por conta do seguro ”, revela o taxista.